Património Cultural Comum
Património Cultural Mundial da UNESCO no Irão
A República Islâmica do Irão possuiu dentro das suas fronteiras valiosíssimos patrimónios considerados pela UNESCO como materiais (ou tangíveis) e imateriais (ou intangíveis), os quais testemunham a diversidade cultural e a vasta e rica história da civilização iraniana, sejam eles monumentos épicos com o mais alto significado, tradições e rituais ímpares, ou ainda reservas naturais únicas, cuja origem reporta na sua criação a momentos do génio e criatividade humanos ou a dons naturais que devem ser preservados e transmitidos às próximas gerações como tesouros de toda a humanidade.
Durante anos, a primeira prioridade em relação ao património histórico foi a preservação física dos monumentos, com o intuito de os poder manter de forma adequada.
Mais tarde, foram feitos muitos esforços em termo de intervenções requeridas por peritos, em que outros factores importantes foram tidos em conta, nomeadamente a de manter a integridade e autenticidade do património.
Estas iniciativas internacionais produziram vários disposições e textos regulamentares, convenções e directrizes com o objectivo de respeitar as relíquias históricas no quadro das melhores convenções, práticas e métodos internacionais no que respeita ao cumprimento dos mais elevados padrões.
Com este objectivo em mente, o Irão aceitou várias cartas e convenções, uma das quais é o mandato da Convenção do Património Mundial de 1976.
Os três primeiros monumentos foram, no entanto, inscritos na Lista do Património Mundial em 1979, designadamente Persépolis, a Praça de Naqsh-e Jahan (ou Meidan Emam) e o Zigurate de Tchogha Zanbil. Em 2003, após 24 anos de interregno, a Iranian Cultural Heritage (Património Cultural Iraniano), Tourism and Handicraft Organization – ICHHTO (Organização Iraniana do Património Cultural, do Artesanato e Turismo) retomou o processo de inscrição no Património Mundial com a nomeação de Takht-e Soleyman. Actualmente existem 24 sítios inscritos na Lista do Património Mundial, incluindo três inscrições em série, nomeadamente os Conjuntos, o Jardim Persa, o Qanāt Persa, cada um com propriedades e valores idênticos.
Relativamente aos objectivos estratégicos da Convenção do Património Mundial:
Existem 5cs a serem exercidas nos sítios considerados património mundial e devem ser adoptadas e aplicadas por cada Estado membro.
Credibilidade: Reforçar a credibilidade da Lista do Património Mundial, como testemunho representativo e geograficamente equilibrado de bens culturais e naturais de valor universal excepcional;
Conversação: Assegurar a conversação eficaz dos bens do Património Mundial;
Capacitação: Promover o desenvolvimento de medidas de reforço das capacidades, incluindo assistência na preparação da proposta de inscrição de bens culturais, aplicação da Convenção do Património Mundial e instrumentos conexos;
Comunicação: Aumentar a sensibilização, envolvimento e apoio do público ao Património Mundial através da Comunicação;
Comunidades: Para reforçar o papel das comunidades na aplicação da Convenção do Património Mundial;
Esta nova abordagem está a ser amplamente utilizada em todo o mundo, incluindo sítios do Património Mundial Iraniano.
Património Cultural Material Iraniano inscrito na Lista do Património da Humanidade (24)
Os sítios iranianos classificados como Património da Humanidade ou Património Mundial pela UNESCO-CPM abrangem uma vasta gama de vários tipos de propriedades, desde exemplos de engenharia, arquitectura, planeamento urbano, até bazares, conjuntos de edifícios, etc. A lista da UNESCO inclui 22 Patrimónios Culturais e 2 Patrimónios Naturais:
Fonte: https://whc.unesco.org/en/statesparties/IRFonte: https://whc.unesco.org/en/statesparties/IR
Património Cultural Material (22)
- Bem cultural inscrito: Zigurate de Tchogha Zanbil
Local: Khuzistão
Início da Construção: 1250 a.C.
Cidade anfitriã: Cairo e Luxor
Inscrição: 22 – 26 de Outubro, 1979
Critérios: Cultural (iii), (iv)
Referência: 113
Descrição: As ruínas da capital religiosa do reino Elamita, centrada num grande zigurate e rodeada por três enormes muralhas concêntricas, encontram-se em Tchogha Zanbil. Fundada em c. 1250 a.C. pelo rei Untash-Napirisha em honra do deus Inshushinak. O nome original do sítio era Dur-Untash (“Cidade de Untash”), no entanto, a cidade permaneceu inacabada quando foi invadida por Assurbanipal em 640 a.C., como demonstram os milhares de tijolos não utilizados que jazem no local.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/113/
Fotos: Geoff Steven
© O NOSSO LUGAR A Colecção do Património Mundial
- Bem cultural inscrito: Persépolis (ou Takht-e Jamshid)
Local: Fars
Início da Construção: 518 a.C.
Cidade anfitriã: Cairo e Luxor
Inscrição: 22 – 26 de Outubro, 1979
Critérios: Cultural (i), (iii), (vi)
Referência: 114
Descrição: Fundada por Dario I, O Grande, em 518 a.C., Persépolis (Takht-e Jamshid ou “O trono de Jamxide”) foi uma das capitais do Império Aqueménida e foi edificada sobre um imenso terraço semiartificial e seminatural, onde o Rei dos Reis criou um impressionante complexo palaciano inspirado em modelos mesopotâmicos. A importância e a qualidade das ruínas monumentais fazem dele um sítio arqueológico único.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/114/
Fotos: Aneta Ribarska
- Bem cultural inscrito: Praça de Naqsh-e Jahan (ou Meidan Emam)
Local: Esfahan
Início da Construção: Século XVII d.C.
Cidade anfitriã: Cairo e Luxor
Inscrição: 22 – 26 de Outubro, 1979
Critérios: Cultural (i), (v), (vi)
Referência: 115
Descrição: Situada no centro da cidade de Isfahan, trata-se de uma das maiores praças do mundo. Construída pelo Xá Abbas I, O Grande, no início do século XVII, e rodeada por edifícios monumentais ligados por uma série de arcadas de dois andares, a praça é conhecida por albergar a Mesquita Real, situada no lado sul, a Mesquita de Sheykh Lotfollah, situada no lado este, e o palácio timúrida do século XV, Ali Qapu, no lado oeste, e o magnífico Sardar-e (Pórtico de) Qaysariyyeh que serve de entrada ao Grande Bazar de Isfahan do lado norte. É um testemunho impressionante do nível de vida social e cultural na Pérsia durante a era Safávida.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/115/
Fotos: Ko Hon Chiu Vincent e Sébastien Moriset
- Bem cultural inscrito: Takht-e Soleyman
Local: Azerbaijão Ocidental
Início da Construção: Século VI d.C.
Cidade anfitriã: Paris, sede da UNESCO
Inscrição: 30 de Junho – 5 de Julho, 2003
Critérios: Cultural (i), (ii), (iii), (iv), (vi)
Referência: 1077
Descrição: O sítio arqueológico de Takht-e Soleyman, no noroeste do Irão, está situado num vale situado numa região de montanhosa vulcânica. O sítio inclui o principal santuário Zoroastriano parcialmente reconstruído no período da dinastia Mongol do Ilcanato, no século XIII d.C, bem como um templo do período Sassânida (séculos VI e VII d.C.) dedicado a Anahita. O local carrega um importante significado simbólico. Os desenhos do templo do fogo, do palácio e da planta geral influenciaram fortemente o subsequente desenvolvimento da arquitectura Islâmica.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1077
Fotos: Ko Hon Chiu Vincent
- Bem cultural inscrito: Ruínas de Pasárgada
Local: Fars
Início da Construção: Século VI a.C.
Cidade anfitriã: Suzhou, China
Inscrição: 28 de Junho – 7 de Julho, 2004
Critérios: Cultural (i), (ii), (iii), (iv)
Referência: 1106
Descrição: Pasárgada foi a primeira capital dinástica do Império Aqueménida, fundada no século VI a.C por Ciro II, O Grande, em Pars, terra dos Persas. Os seus palácios, jardins e o mausoléu de Ciro são exemplos notáveis da primeira fase da arte e arquitectura real Aqueménida e testemunho excepcional da civilização Persa. Vestígios particularmente notáveis no sítio de 160 hectares incluem: o Mausoléu de Ciro II; Tall-e Takht, um terraço fortificado; e um conjunto real de portaria, salão de audiências, palácio real e jardins. Os jardins mostram o exemplo mais antigo dos chahar bagh Persas, ou jardins quádruplos. Pasárgada foi capital do primeiro grande império multicultural da Ásia Ocidental, abrangendo o Mediterrâneo Oriental, o Egipto e estendendo-se até ao rio Indo, é considerado o primeiro império que respeitou a diversidade cultural dos seus diferentes povos. Isto reflectiu-se na arquitectura Aqueménida, uma representação sintética de diferentes culturas.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1106
Foto: Sorush Angabini
- Bem cultural inscrito: Cidadela de Bam e a sua Paisagem Cultural
Local: Kerman
Início da Construção: Século VI a.C
Cidade anfitriã: Suzhou, China
Inscrição: 28 de Junho – 7 de Julho, 2004
Critérios: Cultural (ii), (iii), (iv), (v)
Referência: 1208
Descrição: A Arg-e Bam (ou a Cidadela de Bam) está situado num ambiente desértico no extremo sul do planalto Iraniano. Situando-se no cruzamento de importantes rotas comerciais e conhecida pela produção de tecidos de seda e algodão, as origens de Bam remontam ao período Aqueménida (séculos VI a IV a.C.) e o seu auge situa-se entre os séculos VII e XI. A existência de vida no oásis dependia dos canais de irrigação subterrâneos, qanāts, dos quais Bam preservou algumas das primeiras construções. Arg-e Bam é o exemplo mais representativo de uma cidade medieval fortificada construída em técnica vernacular utilizando camadas de barro (chineh).
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1208/
Foto: Martin Gray
- Bem cultural inscrito: Cúpula da Soltaniyeh
Local: Zanjan
Início da Construção: 1302 d.C
Cidade anfitriã: Durban, África do Sul
Inscrição: 10 – 17 de Julho, 2005
Critérios: Cultural (i), (iii), (vi)
Referência: 1188
Descrição: O mausoléu de Oljaytu foi construído em 1302-12 na cidade de Soltaniyeh, sede da dinastia Ilcânida, fundada pelos Mongóis. Situada na província de Zanjan, Soltaniyeh é um dos exemplos notáveis das realizações da arquitectura Persa e um monumento fundamental para o imediato desenvolvimento da sua arquitectura Islâmica. O edifício octogonal é coroado com uma cúpula ovóide de cerca de 50 metros de altura, coberta de faiança azul-turquesa e rodeado por oito minaretes esbeltos. É o mais antigo exemplo existente de cúpula de dupla camada no Irão. A decoração interior do mausoléu também é notável, tanto que o especialista em arte Iraniana, Arthur Upham Pope, descreveu o edifício como “antecipando o Taj Mahal”.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1188/
Foto: Sorush Angabini
- Bem cultural inscrito: Inscrições de Behistun
Local: Kermanshah
Início da Construção: 521 a.C.
Cidade anfitriã: Vilnius, Lituânia
Inscrição: 8 – 16 de Julho, 2006
Critérios: Cultural (ii), (iii)
Referência: 1222
Descrição: Bisotun (ou Behistun) situa-se ao longo da antiga rota comercial que liga o planalto Iraniano à Mesopotâmia e apresenta vestígios desde a pré-história até aos períodos Medo, Aqueménida, Sassânida, e Ilcânida. O principal monumento deste sítio arqueológico é o baixo-relevo e a inscrição cuneiforme ordenada por Dario I, O Grande, quando ascendeu ao trono do Império Persa, em 521 a.C. Bistoun é para a escrita cuneiforme o que a Pedra de Roseta é para os hieróglifos: o documento mais importante no deciframento de uma língua até então esquecida.
O baixo-relevo retrata Dario em afirmação de soberania segurando um arco e pisando no peito de uma figura que se deita de costas diante dele. Segundo a lenda, a figura representa Gaumata, o mago Medo e impostor que usurpou o trono da Pérsia de Cambises II, cujo assassinato levou Dario à ascensão ao poder. Por baixo e à volta dos baixos-relevos, há cerca de 1200 linhas de inscrições contando a história das batalhas que Dario travou em 521-520 a.C. contra os governadores que tentaram derrubar o Império fundado por Ciro. A inscrição está escrita em três línguas. A mais antiga é um texto Elamita que se refere a lendas que descrevem o rei e as rebeliões. Segue-se uma versão Babilónica de lendas semelhantes. A última fase da inscrição é particularmente importante, pois foi aqui que Dario introduziu pela primeira vez a antiga versão Persa da sua res gestae (feitos). Este é o único texto monumental conhecido dos Aqueménidas para documentar o restabelecimento do Império por Dario I. Também testemunha o intercâmbio de influências no desenvolvimento da arte monumental e da escrita na região do Império Persa. Há também restos do período Medo (séculos VIII a VII a.C.), bem como dos períodos Aqueménida (séculos VI a IV a.C.) e pós-Aqueménida.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1222/
Foto: Ko Hon Chiu Vincent
- Bem cultural inscrito: Conjuntos Monásticos Arménios no Irão
Local: Azerbaijão Oriental e Ocidental
Início da Construção: Séculos VII – XVII d.C.
Cidade anfitriã: Cidade do Quebec, Canadá
Inscrição: 2 – 10 de Julho, 2008
Critérios: Cultural (ii), (iii), (vi)
Referência: 1262
Descrição: Os Conjuntos Monásticos Arménios do Irão, no noroeste do país, são constituídos por três conjuntos monásticos da fé cristã arménia: o Mosteiro de São Tadeu, a Catedral de São Stepanous e a Capela de Dzordzor. Estes monumentos – o mais antigo dos quais, São Tadeu, remonta ao século VII d.C. – são exemplos do valor universal excepcional das tradições arquitectónicas e decorativas Arménias. São testemunho de intercâmbios muito importantes com as outras culturas regionais, em particular a Bizantina, Ortodoxa e Persa. Situados na orla sudeste da região principal do espaço cultural arménio, os mosteiros constituíram um importante centro de irradiação dessa cultura na região. São os últimos vestígios desta cultura na região que ainda se encontram num estado de integridade e autenticidade satisfatórios. Ademais, enquanto lugares de peregrinação, os conjuntos monásticos são testemunhas vivas das tradições religiosas arménias ao longo dos séculos.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1262/
Foto: Ko Hon Chiu Vincent
- Bem cultural inscrito: Sistema Hidráulico Histórico de Shushtar
Local: Khuzistão
Início da Construção: Século V a.C.
Cidade anfitriã: Sevilha, Espanha
Inscrição: 22 – 30 de Junho, 2009
Critérios: Cultural (i), (ii), (v)
Referência: 1315
Descrição: O Sistema Hidráulico Histórico de Shushtar, inscrito como obra-prima do génio criativo, remonta ao século V a.C., cuja construção foi ordenada por Dario I, O Grande. Foram construídos dois canais de desvio de águas principais no rio Karun, um dos quais, o Canal de Gargar, que até hoje continua a ser utilizado para abastecer a cidade de Shushtar através de uma série de condutas subterrâneas que também abastecem moinhos da região. O sistema forma um impressionante penhasco a partir do qual a água cai em cascata para uma bacia a jusante; daí entra na planície situada a sul da cidade, onde permitiu a plantação de pomares e a agricultura numa área de 40.000 hectares conhecida como Mianâb (Paraíso). A área protegida segundo a UNESCO inclui o Castelo Salâsel, que serve de centro de operações de todo o sistema hidráulico, uma torre para medir o nível da água, barragens, pontes, bacias e moinhos. É testemunho da sabedoria dos Elamitas e Mesopotâmios, bem como posteriormente dos Nabateus e da técnica de construção romana.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1315/
Foto: N/A
- Bem cultural inscrito: Conjunto do Khānegāh e do Santuário do Sheikh Safi al-Din
Local: Ardabil
Início da Construção: Século XVI d.C.
Cidade anfitriã: Brasília, Brasil
Inscrição: 25 de Julho – 03 de Agosto, 2010
Critérios: Cultural (i), (ii), (iv)
Referência: 1345
Descrição: Construído entre o início do século XVI e o fim do século XVIII d.C., este lugar de retiro espiritual na tradição Sufi utiliza formas arquitectónicas tradicionais Iranianas para maximizar a utilização do espaço disponível para acomodar uma variedade de funções (incluindo uma biblioteca, uma mesquita, uma escola, um mausoléu, uma cisterna, um hospital, cozinhas, uma padaria e alguns escritórios). Incorpora uma rota para chegar ao santuário do Sheikh dividida em sete segmentos, que espelham as sete fases do misticismo sufista, separados por oito portões que representam as oito atitudes do Sufismo. O conjunto inclui fachadas e interiores bem preservados e ricamente ornamentados, com uma notável colecção de artefactos antigos. Constitui um conjunto raro de elementos da arquitectura Islâmica medieval.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1345
Foto: Mohammad Tajik e SHSEA
- Bem cultural inscrito: Complexo Histórico do Bazar de Tabriz
Local: Azerbaijão Oriental
Início da Construção: Século XIII d.C.
Cidade anfitriã: Brasília, Brasil
Inscrição: 25 de Julho – 03 de Agosto, 2010
Critérios: Cultural (ii), (iii), (iv)
Referência: 1346
Descrição: Tabriz tem sido um centro de intercâmbio cultural desde a Antiguidade e o seu complexo histórico de bazar é um dos mais velhos e importantes nós comerciais da Rota da Seda, e o maior bazar coberto do mundo. O Complexo Histórico do Bazar de Tabriz consiste numa série de estruturas em tijolo interligadas, cobertas, consistindo em sub-bazares, edifícios e espaços fechados destinados a diferentes funções. Tabriz e o seu Bazar já eram prósperos e conhecidos no século XIII d.C., quando a cidade, na província do Azerbaijão Oriental, se tornou capital do reino Safávida. A cidade perdeu o seu estatuto de capital no século XVI, mas com a expansão do poder otomano permaneceu como importante centro de comércio até finais do século XVIII. É um dos exemplos mais completos do sistema comercial e cultural tradicional do Irão.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1346/
Foto: Sorush Angabini
- Bem cultural inscrito: O Jardim Persa
Lugar: Vários
Início da Construção: Séculos VI a.C. – XIX d.C
Cidade anfitriã: Paris, sede da UNESCO
Inscrição: 19 – 29 de Junho, 2011
Critérios: Cultural (i), (ii), (iii), (iv), (vi)
Referência: 1372
Descrição: O património inclui nove jardins no mesmo número de províncias: Pasárgada, Chehel Sotoun, Fin, Eram, Shazdeh, Dolatabad, Abbasabad, Akbarieh e Pahlevanpour. Estes jardins exemplificam a diversidade de desenhos de jardins Persas que evoluíram e se adaptaram a diferentes condições climáticas, mantendo ao mesmo tempo princípios que remontam aos tempos de Ciro, o Grande, no século VI a.C. A palavra Persa (em avéstico) para definir “espaço fechado” era pairi-daeza que se transmitiu, na mitologia Judaico-Cristã como Paraíso e Jardim do Éden.
Os jardins Persas “são sempre divididos em quatro setores, com a água a desempenhar um papel importante, quer para irrigação, quer para ornamentação” e “foram concebidos para simbolizar o Éden e os quatro elementos Zoroastrianos do Céu, Terra, Água e Plantas”, escreve a UNESCO a propósito da inscrição na lista de Património Mundial da Humanidade. A organização salienta ainda que estes jardins, que também incluem edifícios, pavilhões e muros, bem como sofisticados sistemas de irrigação, “influenciaram a arte de desenhar jardins em locais tão longínquos como a Índia ou a Espanha”.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1372/
Foto: Sébastien Moriset
- Bem cultural inscrito: A Grande Mesquita de Esfahan (ou Masjed-e Jāmé)
Lugar: Esfahan
Início da Construção: Século IX a.C. – XIX d.C
Cidade anfitriã: São Petersburgo, Federação Russa
Inscrição: 24 Junho – 06 Julho, 2012
Critérios: Cultural (ii)
Referência: 1397
Descrição: Localizada no centro histórico de Esfahan, a Masjed-e Jāmé (“mesquita de sexta-feira”) pode ser considerada como impressionante ilustração da evolução da arquitectura das mesquitas ao longo de doze séculos, remontando a 841 d.C. É o mais antigo edifício preservado do seu tipo no Irão e protótipo para os desenhos posteriores de mesquitas em toda a Ásia Central. O complexo, com mais de 20.000 m2, é também o primeiro edifício Islâmico que adaptou a disposição de quatro palácios Sassânidas à arquitectura religiosa Islâmica. As suas cúpulas com dupla camada de nervuras representam uma inovação arquitectónica que inspirou os construtores em toda a região. O património também apresenta detalhes decorativos notáveis, representativos de desenvolvimentos estilísticos ao longo de mais de mil anos de arte Islâmica.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1397/
Foto: Ko Hon Chiu Vincent e MJIB
- Bem cultural inscrito: Gonbad-e Qābus
Local: Gorgan
Início da Construção: 1006 d.C.
Cidade anfitriã: São Petersburgo, Federação Russa
Inscrição: 24 Junho – 06 Julho, 2012
Critérios: Cultural (i), (ii), (iii), (iv)
Referência: 1398
Descrição: O túmulo de 53 metros de altura construído em 1006 d.C. para Qābus Ibn Voshmgir, governante Ziyarida, perto das ruínas da antiga cidade de Jorjan no nordeste do Irão, um antigo centro de artes e ciência que foi destruído durante a invasão Mongol nos séculos XIV e XV, testemunha o intercâmbio cultural entre os nómadas da Ásia Central e a antiga civilização do Irão. É um exemplo notável e tecnologicamente inovador da arquitectura Islâmica que influenciou a arquitectura sacra no Irão, na Anatólia e na Ásia Central.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1398/
Foto: Atusa Momeni
- Bem cultural inscrito: Palácio do Golestão (Golestan ou “Palácio do Jardim das Rosas”)
Local: Teerão
Início da Construção: Século XVII d.C.
Cidade anfitriã: Phnom Penh, Camboja
Inscrição: 16 – 27 Junho, 2013
Critérios: Cultural (ii), (iii), (iv)
Referência: 1422
Descrição: O fabuloso Palácio de Golestan é uma obra-prima do Império Qajar que representa de forma exemplar a arte e arquitectura Persa do passado com influências ocidentais. O Palácio murado, um dos mais antigos conjuntos de edifícios em Teerão, originalmente construído durante o reinado do rei Safávida Tahmasp I (1524 a 1576), pertence a um grupo de edifícios reais que estavam encerrados no interior das muralhas de adobe da Arg-e Soltanati, a cidadela histórica da capital Iraniana. Após expansão e acrescentos, recebeu as suas actuais características no século XIX, quando o complexo palaciano foi escolhido como residência real e sede do poder da dinastia Qajar, chegada ao poder em 1779 e que converteu Teerão na capital do país. Construído no centro de um jardim com piscinas, bem como de zonas arborizadas, o palácio tornou-se um centro de arte e arquitectura Qajari, do qual é um exemplo notável, tendo permanecido até hoje como fonte de inspiração para artistas e arquitectos Iranianos. Representa um novo estilo que incorpora artes e ofícios tradicionais Persas e elementos da arquitectura e tecnologia do século XVIII.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1422/
Foto: Sorush Angabini
- Bem cultural inscrito: Shahr-i Sokhta
Local: Sistão-Baluquistão
Início da Construção: 5º milénio a.C.
Cidade anfitriã: Doha, Qatar
Inscrição: 15 – 25 Junho, 2014
Critérios: Cultural (ii), (iii), (iv)
Referência: 1456
Descrição: Shahr-i Sokhta, que significa “Cidade Queimada”, é um assentamento urbano da Idade do Bronze associado com a Cultura de Jiroft, localizada na Província de Sistão-Baluchistão, sudeste do Irão, às margens do Rio Helmand, na junção das rotas comerciais que atravessam o planalto Iraniano. Os escombros da cidade de tijolos de barro representam a emergência de um primeiro complexo de sociedades na região leste do Irão. O assentamento surgiu por volta de 3200 a.C., foi povoado durante quatro períodos civilizacionais distintos e foi queimada por três vezes e abandonada em 1800 a.C., durante os quais se desenvolveram várias áreas distintas dentro da cidade: aquelas em que foram construídos monumentos, bairros para habitação, local de sepultamento e zonas destinadas a produção. Os desvios nos cursos de água e as alterações climáticas levaram ao abandono da cidade no início do segundo milénio. As estruturas, cemitérios e grande número de artefactos significativos aí descobertos, e o seu estado de conservação proporcionado pelo clima seco do deserto, fazem deste local uma rica fonte de informação sobre a emergência de sociedades complexas e os contactos entre elas havido no terceiro milénio a.C.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1456/
Foto: N/A
- Bem cultural inscrito: Paisagem Cultural de Maymand
Local: Kerman
Início da Construção: 1º milénio a.C.
Cidade anfitriã: Bona, Alemanha
Inscrição: 28 de Junho – 8 de Julho de 2015
Critérios: Cultural (v)
Referência: 1423
Descrição: Maymand é uma área autónoma e semiárida no final de um vale no extremo sul das montanhas centrais do Irão. Os aldeões seminómadas dedicam-se a actividades agro-pastoris, criaando os seus animais em pastos de montanha e vivendo em povoações temporárias na primavera e no outono. Durante os meses de Inverno, vivem mais abaixo no vale em habitações rupestres esculpidas em rocha macia (kamar), forma invulgar de alojamento num ambiente seco e desértico. Esta paisagem cultural é exemplo de um sistema social que parece ter sido difundido no passado e que envolvia o movimento de pessoas e não de animais.
A aldeia troglodita de Maymand em si é muito antiga. Acredita-se foi pela primeira vez povoada há 12.000 anos. Muitos dos residentes vivem em casas escavadas nas rochas, algumas das quais habitadas há mais de 3000 anos. Esculturas na rocha são datadas de cerca de 10.000 anos, com alguns depósitos contendo fragmentos de cerâmica com 6.000 anos, sendo este um dos assentamentos mais antigos do mundo.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1423/
Foto: M. Hekmat e P. Karamnejad
- Bem cultural inscrito: Susa (ou Shusha)
Local:
Início da Construção: 5º milénio a.C. – Século XIII d.C.
Cidade anfitriã: Bona, Alemanha
Inscrição: 28 de Junho – 8 de Julho de 2015
Critérios: Cultural (i), (ii), (iii), (iv)
Referência: 1455
Descrição: Localizada no sudoeste do Irão, nas montanhas baixas de Zagros, o património engloba um grupo de colinas arqueológicas que se erguem no lado oriental do rio Shavur, bem como o palácio de Ardeshir, na margem oposta do rio. Susa era uma antiga capital de Elão e que fez também parte dos impérios Babilónico, Persa e Parta, localizada cerca de 250 quilómetros a leste do rio Tigre, no que é hoje o sudoeste do Irão. É actualmente um enorme sítio arqueológico, e uma cidade com o seu antigo nome (Shush) situa-se nas proximidades.
Os monumentos arquitectónicos escavados incluem estruturas administrativas, residenciais e palacianas. Susa contém várias camadas de povoações urbanas sobrepostas numa sucessão contínua desde o final do V milénio a.C. até ao século XIII b.C. O local é um testemunho excepcional das tradições culturais Elamita, Persa e Parta, que desapareceram em grande parte.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1455/
Foto: Babak Sedighi
- Bem cultural inscrito: O Qanāt Persa
Local:
Início da Construção: 2º milénio a.C. – Século XIX d.C.
Cidade anfitriã: Istanbul, Turquia
Inscrição: 10 – 20 Julho, 2016
Critérios: Cultural (iii), (iv)
Referência: 1506
Descrição: O Qanāt é um sistema de gestão de água utilizado para garantir um fornecimento estável de água a centros populacionais humanos e prover irrigação em regiões situadas em climas áridos, semiáridos ou quentes. Em todas as regiões áridas do Irão, os assentamentos agrícolas permanentes são apoiados pelo antigo sistema qanāt de exploração de aquíferos aluviais que começam no topo dos vales e por efeito de gravidade conduzem a água ao longo dos túneis subterrâneos, frequentemente ao longo de muitos quilómetros. Os onze qanāts que representam este sistema incluem áreas de descanso para os trabalhadores, reservatórios de água e moinhos de água. De acordo com o Património Mundial da UNESCO, o qanāt for inscrito por “prover um testemunho excepcional das tradições culturais e civilizações em áreas de deserto com clima árido.”
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1506/
Foto: S.H. Rashedi
- Bem cultural inscrito: Cidade Histórica de Yazd
Local: Yazd
Início da Construção: Era Sassânida / início da era Islâmica – presente
Cidade anfitriã: Cracóvia, Polónia
Inscrição: 02 – 12 Julho, 2017
Critérios: Cultural (iii), (v)
Referência: 1544
Descrição: A cidade de Yazd está localizada no centro do planalto Iraniano, a 270 quilómetros a sudeste de Esfahan, ao longo das rotas das Especiarias e da Seda. A cidade é um testemunho vivo do parcimonioso uso de recursos limitados para a sobrevivência no deserto. A água é fornecida à cidade através de um sistema de qanāt desenvolvido para extrair água subterrânea. A elegante arquitectura da cidade feita de barro escapou à modernização que destruiu muitas cidades tradicionais semelhantes, mantendo os seus bairros tradicionais, o sistema qanāt, casas tradicionais, bazares, hammams, mesquitas, sinagogas, templos Zoroastrianos e o jardim histórico de Dolatabad.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1544/
Foto: Mohammad Hosseini
- Bem cultural inscrito: Paisagem Arqueológica Sassânida da Região de Fars
Local: Fars
Início da Construção: 224 – 660 d.C.
Cidade anfitriã: Manama, Bahrain
Inscrição: 24 Junho – 04 Julho, 2018
Critérios: Cultural (ii), (iii), (v)
Referência: 1568
Descrição: Trata-se de oito sítios arqueológicos situados em três áreas geográficas no sudeste, na província de Fars: Firuzabad, Bishapur e Sarvestan. As estruturas fortificadas, palácios e disposição da cidade remontam do início até finais do Império Sassânida, e que se estendem por toda a região. Entre estes locais, encontra-se a capital construída pelo fundador da dinastia, Ardashir Papakan, bem como uma cidade e estruturas arquitectónicas do seu sucessor, Shapur I. A paisagem arqueológica reflecte a utilização optimizada da topografia natural e testemunha a influência das tradições culturais Aqueménida, Parta e da arte Romana, que por sua vez, tiveram um impacto significativo na arquitectura da era Islâmica.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1568/
Foto: S.H.Rashedi
Património Natural Material (2)
- Bem cultural inscrito: Deserto de Lut
Local: Khorasan do Sul, Kerman e Sistão e Baluquistão
Data de Origem: ~208.5 milhões de anos
Cidade anfitriã: Istambul, Turquia
Inscrição: 10 – 20 Julho, 2016
Critérios: Natural (vii), (viii)
Referência: 1505
Descrição: O Deserto de Lut, ou Dasht-e-Lut, que significa “a planície vazia”, é um grande deserto salino localizado no sudeste do Irão. O Dasht-e Lut faz parte dos desertos de latitudes médias, como o Deserto do Saara ou o Deserto de Gobi, localizados entre os trópicos e os círculos polares. É o 25º maior deserto do mundo e já chegou a registar temperaturas de superfície acima de 70 °C, o que o torna um dos lugares mais secos e quentes do mundo.
Entre Junho e Outubro, esta zona árida subtropical é varrida por ventos fortes, que transportam sedimentos e causam erosão eólica a uma escala colossal. Consequentemente, o local apresenta alguns dos exemplos mais espectaculares de aterros de cristas rochosas (formação rochosa ondulada de forma característica por erosão do vento). Contém também extensas áreas arenosas e pedregosas. O deserto representa um exemplo excepcional de processos geológicos em curso.
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1505/
Foto: Alireza Amrikazemi
- Bem cultural inscrito: Floresta Hircânia do Cáspio
Local: Khorasan do Norte, Golestan, Mazandaran, Gilan e Ardabil
Data de Origem: 25 a 50 milhões de anos
Cidade anfitriã: Baku, República do Azerbaijão
Inscrição: 30 Junho – 10 Julho, 2019
Critérios: Natural (ix)
Referência: 1584
Descrição: As florestas mistas Hircânias do Cáspio – o nome da antiga região Hircânia – formam um maciço florestal único que se estende por 850 quilometros ao longo da costa sul do Mar Cáspio, desde o sudeste de Azerbaijão para leste, até à província de Golestan, no Irão, separando o Cáucaso a oeste das regiões semidesérticas a leste. A história destas florestas de folha larga remonta a 25 a 50 milhões de anos, quando cobriram a maior parte desta região temperada do Norte. Estas antigas manchas florestais recuaram durante as glaciações do Quaternário e depois voltaram a expandir-se à medida que o clima se tornava mais ameno. A sua biodiversidade florística é notável: 44% das plantas vasculares conhecidas no Irão encontram-se na região Hircânia, que cobre apenas 7% do país. Até à data, foram registadas 180 espécies de aves típicas das florestas temperadas de folha larga e 58 espécies de mamíferos, incluindo o icónico Leopardo Persa (Panthera pardus tulliana).
Fonte: UNESCO/ERI https://whc.unesco.org/en/list/1584
Foto: Komeil Ghasempour
Lista Indicativa do Irão ao Património Mundial
57 bens inscritos na Lista Indicativa (até Maio de 2020)
Para além dos bens inscritos na Lista do Património Mundial, através da Comissão Nacional da UNESCO, os Estados membros podem manter uma lista de bens indicativos que podem ser considerados para proposta de inscrição. As propostas de inscrição para a Lista do Património Mundial só são aceites se o bem tiver sido previamente inscrito na Lista indicativa.
A Lista indicativa actualizada integra os seguintes 57 bens:
- Mesquita (Congregacional) Jamé de Esfahan (1997)
- Conjunto histórico de Qasr-e Shirin (1997)
- Conjunto Arqueológico de Firuzabad (1997)
- Shush (1997)
- Nasqsh-e Rostam e Naqsh-e Rajab (1997)
- Tape Sialk (1997)
- Taq-e Bostan (2007)
- Kuh-e Khuaja (2007)
- Persépolis e outros edifícios relevantes (2007)
- Eixo Histórico-Cultural de Fin, Sialk, Kashan (2007)
- Conjunto Histórico de Qasr-e Shirin (2007)
- Monumento Histórico de Kangavar (2007)
- Cidade Histórica de Maybod (2007)
- Porto Histórico de Siraf (2007)
- Bazar de Qaisariye em Laar (2007)
- Aldeia Histórica de Abyaneh (2007)
- Bastam e Kharghan (2007)
- Complexo Histórico de Damghan (2007)
- Paisagem Cultural-Natural de Ramsar (2007)
- Mesquita de Kaboud (2007)
- Paisagem Cultural de Tous (2007)
- Aldeia Histórica de Masouleh (2007)
- Complexo de Izadkhast (2007)
- Paisagem Cultural de Alamout (2007)
- Zozan (2007)
- Vale de Khorramabad (2007)
- Jiroft (2007)
- Eixo Ghaznavi-Seljukiano em Khorasan (2007)
- Paisagem Cultural de Uramanat (2007)
- Ilha de Qeshm (2007)
- Área Protegida de Arasbaran (2007)
- Sabalan (2007)
- Parque Nacional de Khabr e Refúgio de Vida Selvagem de Ruchun (2007)
- Caverna de Alisadr (2007)
- Rota da Seda (2008)
- Paisagem Natural-Histórica de Izeh (2008)
- Conjunto Zandiyeh da Província de Fars (2008)
- Estrutura Histórico-Cultural de Kerman (2008)
- Hegmataneh (Ecbátana) (2008)
- Colecção de Pontes Históricas (2008)
- Reserva da Biosfera de Touran (2008)
- Lago Hamoun (2008)
- Área Protegida de Harra (2008)
- Damavand (2008)
- Asbads (moinhos de vento) do Irão (2017)
- Complexo histórico-natural / Caverna de Karaftoo (2017)
- Complexo Sagrado do Imã Reza (2017)
- Ferrovia Trans-Iraniana (2017)
- Património industrial dos têxteis na Planície Central do Irão (2017)
- Caravanserai Persa (2017)
- Domos de sal do Irão (2017)
- Grande Muralha de Gorgan (2017)
- Arquitetura de Habitação Tradicional Persa do Planalto Central do Irão (2017)
- Universidade de Teerão (2017)
- Catedral de São Salvador (Nova Julfa Vank) (2019)
- Avenida Vali-e Asr (2019)
- Florestas Hircânias do Cáspio (2020)